Playboy encerra atividades no Brasil, e a internet com isso?
Fim da Playboy

19 nov Playboy encerra atividades no Brasil, e a internet com isso?

Em era de nudes e extrema facilidade de conteúdo erótico na web, a Playboy anunciou, nesta quarta-feira (19), o encerramento de suas edições impressas no país.

A editora Abril, que passa por dificuldades financeiras há alguns anos, perdendo marcas como a MTV, vai abrir mão da mais importante revista de conteúdo erótico do mundo, além das revistas de cuidados com o corpo Men’s Health e a Women’s Health. Colecionadores que se preparem, pois, o próximo mês de dezembro trará a última edição impressa da Playboy no Brasil.

Pelas páginas da Playboy já passaram atrizes do porte de Cléo Pires, Deborah Secco e Vera Fischer. Ex-BBBs posaram aos montes, como a Grazi Massafera, que foi quem teve maior destaque em vendas. Entre as musas dos anos 90, Tiazinha e Feiticeira venderam como água, nos anos 80, diversas musas globais apareciam em capas comemorativas.

Mas o que aconteceu que hoje em dia a Playboy perdeu tamanha relevância? Será que as estrelas cansaram de sair nuas? Será que a decisão da revista americana em não exibir mais nudez completa desanimou o mercado brasileiro? Ou talvez o público tenha migrado para um meio alternativo e gratuito de se divertir?

Não só a Playboy, mas toda a mídia impressa, está perdendo um espaço significativo para as mídias online.

Sites, chats e aplicativos revolucionaram a forma com que as pessoas consumem conteúdo erótico e isso fez com que as mídias tradicionais perdessem cada vez mais público, não só pelas opções limitadas, mas também pela gratuidade do conteúdo disponível online.

O mercado pornográfico na internet é talvez um dos mais controversos e polêmicos. Controverso porque o conteúdo é o mais clicado e buscado da web, segundo pesquisas e relatórios de diversas plataformas, porém, ao mesmo tempo, é um dos mercados que mais toma prejuízo, devido à pirataria e a diversidade de conteúdo gratuito que não gera lucros às produtoras.

Já a parte polêmica vem do aspecto que torna a internet uma perigosa arma de conteúdo impróprio. Fotos e conteúdos vazados de usuários, bem como os sites de prostituição e pornografia infantil que habitam a deep web, ajudam a questionar se a pornografia na internet colabora com o incentivo à violência sexual fora dela.

O que se sabe é que jornais, revistas e até programas de TV têm migrado para a web, pois além do público todo estar conectado, os custos são bem menores que a veiculação off-line. Vide sucesso de sites como XVideos, Cam4, RedTube, PornHub, e os apps de pegação. Se bem que até as edições da Playboy podem ser encontradas para download.

Pelo bem ou pelo mal, a revista encerra seus 40 anos de publicações no país com vendas baixíssimas e capas cada vez menos badaladas. Talvez essa seja mesmo a hora das nudes.

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