17 abr Lojas virtuais falsas: como não cair no golpe?

A internet trouxe uma gama de oportunidades para se empreender online e, com isso, permitiu que diversas lojas virtuais vendessem os seus produtos em qualquer lugar do país – e porque não no mundo? – através de plataformas de e-commerce.

No entanto, o problema do avanço tecnológico é que ele também permitiu que pessoas de má índole utilizassem a internet, as mesmas tecnologias que colocam o arroz no prato de diversos brasileiros de bem, para o mal.

Hoje, quero compartilhar com você um fato que já aconteceu comigo no início da agência, mas que retornou à memória após a pergunta do meu enteado sobre a procedência de um site, o qual ele estava querendo comprar um computador que estava sendo ofertado com um preço irresistível.

 

LOJAS VIRTUAIS FALSAS

 

Como mencionei, isso já aconteceu comigo um vez e depois se repetiu, após recusar diversas ofertas (aparentemente das mesmas pessoas) onde os estelionatários me procuraram, cada hora com um site diferente, mas com a história bem similar.

O que vou citar abaixo é um tipo de fraude que ocorre em novos e-commerces que são criados e funcionam por pouco tempo, a fim de mascarar a reputação das lojas virtuais, já que é muito difícil rastrear a origem de empresas recentes, mesmo pesquisando em sites como reclame aqui, e-bit, etc.

Vale ressaltar que, os estelionatários são tão convincentes em seus argumentos, que até hoje não sei dizer se  realmente lesavam as pessoas que compravam os produtos no site, ou se entregavam mesmo os produtos que eram vendidos a preços tão baixos (uma vez que cargas roubadas poderiam ser vendidas por esse preço).

 

O esquema funciona mais ou menos assim:

 

1- Eles criam um e-commerce e registram o domínio no nome de um laranja;
2- Para não levantarem suspeitas, criam o site cada vez em uma plataforma diferente;
3- Nesse site, oferecem produtos (na maioria eletrônicos) com preços em média de 30 a 40 % mais baratos do que o mercado para pagamento no boleto;
4- Uma vez que o site está no ar, eles investem grandes valores de mídia no Google, e as vendas decolam de uma forma exponencial devido ao baixo preço;
5- As reclamações dos clientes começam a surgir, porém como o site ainda é muito novo, o Reclame Aqui ainda não tem registro de reclamações dos clientes, e os estelionatários se utilizam desse argumento para convencer aos indecisos e desconfiados de que a loja é real;
6- Quando as pessoas começam a reclamar nas redes sociais, as respostas são sempre muito bem elaboradas e amarradas de uma forma que, embora não seja possível comprovar sua autenticidade, a fraude não seja detectada.

Ao ler o passo a passo acima, você pode estar se perguntando “como é que ninguém desconfia disso?”.

 

Mas as respostas são muito bem elaboradas, por exemplo:

 

• O cliente reclama que o CNPJ do site é falso

Eles respondem que basta consultar o CNPJ no site da Receita Federal que as informações estão corretas.

 

• O cliente reclama que ainda não recebeu o pedido

Como o site ainda é novo, eles alegam que trabalham com transportadora e que a mesma não fornece código de rastreio, mas dizem que o pedido foi realmente postado.

 

 

 

 

 

 

 

 

• O cliente reclama que o site não entrega os produtos

Eles usam o fato de não terem nenhuma reclamação no Reclame Aqui e, assim, não conseguem usar isso como argumento

 

Os argumentos das lojas virtuais falsas são elaborados, que eu só fui ter certeza de que algo realmente estava errado, após o Google ter bloqueado a conta de anúncios dessa empresa. E quando eu entrei em contato com o suporte para esclarecer o motivo do bloqueio, fui informado pelo atendente de que: “o Google não quer esse tipo de cliente anunciando com ele”.

Após o bloqueio das contas, os donos das lojas dizem que o e-commerce foi vendido para um grupo e que vão deixar de administrar a empresa.

MAS COMO NÃO CAIR NO GOLPE?

 

Para não ser enganado por esse tipo de empresa, você pode tomar algumas precauções que se não evitarem a fraude, pelo menos não vão fazer você perder dinheiro. Confira:

Pague sua compra com cartão de crédito

 

Isso mesmo, por mais que seja estranho você usar o cartão de crédito em um site suspeito, caso você não receba seu produto poderá rejeitar a compra com a sua operadora.

Hoje em dia, diversos bancos disponibilizam a possibilidade de você gerar um número de cartão de crédito que será usado apenas para uma compra. Dessa forma, os riscos de ter seu cartão clonado são reduzidos.

Compare o endereço do site com os dados cadastrais

 

Todo site tem um endereço e um CNPJ no seu rodapé. Se você quiser tirar as dúvidas sobre a procedência da empresa, verifique o número do CNPJ em sites como www.sintegra.gov.br, e confira se esse endereço consta no Google Maps.

Confira se o site tem certificação SSL

 

O certificado SSL é um protocolo que garante que os dados sensíveis que são digitados na plataforma ficam armazenados em um ambiente seguro. Explicamos melhor sobre isso nesse link aqui! Todo site tem um endereço e um CNP.

 

E DE QUEM É A CULPA?

 

Com certeza, a culpa disso tudo é de gente mal intencionada que cria essas armadilhas para enganar pessoas de bem que, por muitas vezes são enganadas por não ter conhecimentos mínimos sobre compras na internet.

Na escola eu tinha um professor de filosofia que dizia: “na minha opinião, o estelionato não deveria ser considerado crime, porque só cai no golpe quem pensa em levar vantagem em alguma coisa”, mas não acredito que esse caso se aplique a essa situação, porque a briga de preços na internet é tão alta que não é raro encontrar discrepâncias de preços entre diversos fornecedores.

Espero que esse artigo sobre lojas virtuais falsas tenha ajudado você a prevenir uma dor de cabeça ou perda de dinheiro. Se você acredita que essa informação possa ser útil para mais alguém, compartilhe esse post em suas redes sociais.

 

 

Comentários

comentários